As últimas primaveras de Rolds - Insanidade previsível.

 Dizem que escritores são loucos, eu não discordo propriamente falando e eu entendo verdadeiramente o sentido de toda essa afirmação ofensiva. Devo dizer que a medida que o tempo passa e as coisas vão acontecendo, não sei se me torno mais vazio, retardado ou romântico, de todas formas, é um péssimo fim para uma pessoa. Gostaria de poder transpor o que vocês querem que eu transpareça. o que eu exatamente sinto, confesso que tento, nem sempre tão estúpido quanto normalmente aparento ser, mas de alguma forma que eu me sinta aqui. Acreditem, vocês são de fato meu diário.
 Esse grande mar de xoxotas me enfurece um pouco mais e acho que uísque e cigarros já não conseguem mais disfarçar o cheiro da foda selvagem que todos conseguem fazer comigo quando entram na minha vida. É definitivamente um inferno pessoal e eu me pergunto, por que não conseguimos salvar a pessoa que está ao nosso lado? Bem, quem sou eu para questionar? Ninguém!...
Ela estava correta, talvez eu sentisse pena de mim mesmo e carregar um fardo como o meu me torna cada vez mais fraco, eu preciso me encontrar, mas é tão fácil quando temos alguém como eu, porém, no meu caso, no fim, sempre será eu por mim mesmo, nada que me deixasse chocadamente surpreso.  Eu não estou bem, mas ainda consigo vê-la porque ela é o que há de mais lindo e eu preciso me sentir infinitamente aqui, quente e vivo.