As últimas primaveras de Rolds - O objeto da deusa.

 Eu nunca fui exatamente o tipo de homem que se importara em ser um objeto sexual, dessa vez, não era diferente.
 Parei de contar os dias, tanto os que passaram, quanto o que estão acabando, chega um ponto em que nada mais importa e você, bem, você é a falência do seu próprio eu. Por alguma razão e provavelmente muito estúpida, eu decide escrever à ela, não que eu me importasse porque no fundo eu sabia que ela se achava grande demais para se debruçar sobre a carta de um mero estranho mal falado a qual ela não fazia ideia se as palavras profanas que se dirigiam à mim eram verdadeiras, mas obviamente optou por crer em seus sacerdotes. 
 Sobre aquela replica de papiro feito de celulose, eu pude despejar o quão ela era detestável e incrível ao mesmo tempo, mas não pude admitir qualquer afetividade que fosse, afinal seria o mesmo que atirar no próprio peito. O enredo sincero daquela carta, mostrava com fervura que ela abalava minhas estruturas moleculares, desde o meu pau duro para ela, até meus pensamentos mais sentimentalista, os quais dormem até hoje em latência.
 Andei muito cansado ultimamente, o meu corpo estava putrificando, os músculos, os ossos, a mente, tudo meu estava definitivamente desgastado. Eu precisava estar naquele evento, afinal, eu havia organizado juntamente com o meu lado negro da força. Eu estava lá, recepcionando os vários que ali estavam se fazendo presente, até que, ela surgiu, ela e mais alguém que eu não me importei em prestar atenção, sua petulância ao me ver pessoalmente era intacta e não me surpreendeu em nada sua frieza comigo, mesmo após saber que ela havia recebido aquela carta e por mais inacreditável, havia gostado, o que não mudou o fato de ignorar minha existência e meu eu pessoal estava pouco se importando com isso, afinal somos deuses diferentes de mundos diferentes. Ao tocar para aquelas pessoas eu não pude evitar de atravessar o ambiente com os olhos para observá-la enquanto eu tocava e cantava, ela estava linda, impenetrável e aquilo me enchia de tesão e carinho, porém de menosprezo, afinal seres inteligentes detestam ficar por baixo. Ao ir beber água, surgiu a primeira pessoa afim de foder comigo após aquela noite, sua tentativa de forçar um beijo enquanto eu me hidratava quase funcionou, mas foi impedida ao surgir algumas pessoas e o fato de ela que se achava tão importante na cidade para ser vista aos beijos com alguém a fez desviar o caminho da sua boca no ultimo segundo, porém ao retornarmos estava notório sua vontade de estar perto, seu rosto colando no meu, porém, nada me prontifiquei. A segunda pessoa a querer foder comigo era próxima à Ela, mas não houve muito investimento e assim se procedeu a noite, tive uma longa caminhada até chegar às duas da manhã na minha residência acompanhado de um grupo de viajantes a qual eu hospedaria.
 Para minha maior surpresa, ela me convidara a ser seu objeto sexual descartável naquela noite, eu não pude me sentir mais feliz. Obviamente estávamos cometendo um grande delito, ou várias, mas não importava e ela também parecia não se importar. Ao buscá-la, ela ficou ali parada, pairando sob as estrelas procurando seu planeta favorito que naquela noite ele resolveu não estar presente com ela, talvez para que não pudesse roubar a atenção de mim.
 Nos deitamos e então pude entender o porquê o mundo a deseja desesperadamente. Enxerguei seu corpo em seus mínimos detalhes com meu toque, ela sentiu que eu estava a estudando com as mãos, sua boca vindo de encontro ao meu pau me excitou, ela chupa como ninguém, tive de retribuir com tamanha reciprocidade, então minha língua pressionou seu clitóris, delicioso clitóris, sua boceta estreitamente apertada e cheiroso babava e lambuzava minha boca enquanto meus dedos se remexiam dentro da sua vagina e minha língua se contorcia no seu ponto de prazer onde seus gritos ecoavam para que a vizinhança pudesse se sentir furioso e com inveja de não estarem fodendo com voracidade assim, depois de alguns acontecimentos meti meu pau dentro dela até saber que sua boceta era uma guilhotina, onde o meu pau conheceu bem essa função, foi uma noite agradável, apesar do momento e lugar errado, afinal cometi uma tremenda falha ao ter uma multidão querendo se tornar telespectador daquela façanha inédita e provavelmente que jamais se repetiria. Deixa-a em sua casa na certeza de que fui um objeto sexual descartável atencioso e que toda aquela noite seria apenas uma lembrança de uma aventura irrelevante onde uma hora ou outra acabaria. 
 Ao chegar em casa, apurei na minha mente seus detalhes e vi o quão perfeito era seu corpo e quão certo eu estava sobre quem ela realmente era, apesar de não compreender ao certo quem.


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