Colisão!
Ora, ora, ora... Minha chama foi acesa, que perigo! Ela não parecia que se importava muito com alguns detalhes, mas não estava preparada para o que estava por vir. Nós!
Na real ninguém estava, eu não estava, ela não estava, eles não estavam. A cautela foi a primeira a bater a minha porta, de forma necessária, ela tinha que bater forte, tratava-se de um momento delicado e delicadeza exige atenção, mas uma atenção diferente. Queria ser bom em produção como sou bom com corpos, provavelmente não iria me sentir um escritor fodido, apenas um escritor que fode. A gente se flertava pelo olhar, todos viam, estava inegável. Nossos olhares se cruzavam, e de alguma forma existia uma certa desconfiança em cada olhar, como um animal selvagem que acabou de conhecer um novo habitat, difícil de se sentir confortável, mas o desejo de um lugar de paz era cada vez maior que o medo do desconhecido. E que desconhecido, hein?
Não havíamos se quer trocado mais que alguns poucos beijos, mas o beijo dizia tudo. Se o beijo for ruim, caia fora, a foda conseguirá ser muito pior. O beijo era molhado! Os lábios dela sempre tocavam os meus assim como os grandes lábios dela tocavam as pontas dos meus dedos, umedecidos. Aquele cheiro de boceta cedendo por um orgasmo, toda molhada, isso é como um grande banquete, feche os olhos e sinta o gosto, são como explosões de um sabor único na boca, acontecendo simultaneamente. E se você nunca sentiu isso, lamento por você, sua existência não contemplou uma das maravilhas do mundo.
Foi bem extraordinário ouvir seu zíper abrir, o primeiro estalo é sempre o ponto de partida. Era uma mesa, nem tinha força para nós. Cautela, cautela! Respira, respira!
Uffa!...
Difícil manter a concentração, nesse caso era necessário. Eu estava ansioso para o momento em que eu não precisasse controlar os fatores externos, inclusive ela, mas naquele momento, não era o caso. Mantemos a postura e segui, minhas mãos puxando sua calça ao extremo, até o limite inaceitável da decência e então eu a vi, não pude esconder meu leve sorriso, até tentei, mas falhei miseravelmente. Ela não hesitou, ela sabia que ia sentir algo novo, algo bom, só não havia aprendido a calcular as proporções, ainda. Então me ajoelhei sob os pés daquela mulher e olhando nos seus olhos, me submeti a chupar gostoso cada centímetro daquela boceta que estava encharcada, aquilo foi surreal. Pude ver cada expressão do rosto dela reagindo a cada constância e mudança de movimentos que eu fazia em um grande malabarismo sincronizado. Eu precisei estudar bem aquele espaço, eu precisava entender como eu colocaria a boceta dela toda na minha boca, precisava entender como eu iria chupar enquanto passo a língua, o rápido e o lento, enfim, foi o estudo prático mais prazeroso da minha vida. Explorar cada linha da sua pele, cada paladar do teu suor, do teu gozo.
E naquele momento, a gente soube que era mais que uma foda sagaz entre duas pessoas deliberadamente pervertidas, mas socialmente disfarçadas. Voltemos ao golpe de aríete! Queríamos mais, muito mais. Isso estava totalmente escancarado na energia que exalava entre os nossos corpos, por mais estúpido que pareça, sabíamos que estávamos sentindo o mesmo calor um pelo outro e um com o outro. Essa foi a primeira chave para conturbar as mentes já conturbadas.
Sexo é fácil, é jogo de malandro. Nem todo jogo é bom! Mas o que fizemos, não foi apenas sexo. Estávamos cientes do quão raro e incomum é, encontrar essa compatibilidade tão precisa e natural. Isso assusta, normal! Mas compreender o fluxo disso, é um processo apavorante, no entanto, não há nada mais prazeroso que compreender o fluxo disso.
Mão na parede, abaixa! Devagarinho, devagarinho, calma. Assim ela fez e eu pude contemplar o tamanho da sua bunda, linda bunda. Ela veio para ganhar, mas depois entendeu que não se tratava de uma competição, então, quebrei minhas muralhas. Ela de quatro, com as pernas bem abertas, mãos ao chão, vira sua cabeça para mim e com um sorriso sagaz de canto, diz:
Goza dentro, vai!
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