Uma carta para a minha luz.

Sim, eu resolvi apagar aquela porcaria do Match, não porque não fosse interessante, mas porque até eu já havia me desinteressado de contar aquela porra toda, então apaguei mesmo. Ultimamente muitas coisas andaram ocorrendo na minha vida e infelizmente eu descobri que sou um ótimo condutor e um péssimo administrador. Nunca havia perdido tanto o controle de algo, principalmente estando tão estruturado, mas nos últimos dias eu tenho sido uma negação em pessoa e sim, eu andei fodendo, mas não da maneira como eu costumo apreciar. Fico me perguntando como consigo conhecer tantas mulheres desalmadas, apesar de tentadoramente lindas, mas ser tão morto quanto elas, então cheguei a plena conclusão de que eu definitivamente sou um alguém solitário, observando os mínimos detalhes de todos os que me cercam como se estudar seus corpos e comportamentos fosse uma terapia e talvez até seja, mas a medida que o tempo passa me afogo cada dia mais em mim mesmo, o que não é nada bom. Eu tive muitos amores e muitas lembranças, muitas dores, muitas verdades e muitas mentiras, mas eu sempre tratei a vida como uma cocaína prestes a ser cheirada no belo traseiro de uma mulher. Dizem que você consegue entender sua vida inteira segundos antes de morrer, eu estou concretizando essa condição em um período de tempo não muito diferente.

Tratei o tempo como melhor amigo, depois como inimigo, por fim, percebo que eu nunca caminhara com ele, mas ele estava o tempo todo ao meu lado. Eu estou com muito medo, eu estou amedrontado, as coisas não são mais sólidas e eu estou vendo tudo escorrer pelas minhas mãos como água, vejo o passado batendo na minha porta e pedindo para entrar, eu ofereço sempre uma xícara de café para tomarmos enquanto conversamos e eu olho para o passado conversando comigo, reaparecendo algumas vezes na semana e vejo o quão eu amei, o quanto gozei, o quanto frio fui, o quão solitário sou e na verdade tudo me levou a crer que eu fui um ótimo fantasma na vida de cada pessoa que deixei minha impressão digital. Eu presenciei meu êxtase da minha paixão e eu amei a vida como jamais alguém amaria, em momentos ruins e sórdidos eu ainda continuei amando a vida, mas chega um momento em que deve-se entender que toda aquela luz que há dentro se apagará e aceitando esse fato, eu declaro que amei. Talvez eu continue aqui por um tempo, talvez eu mude o rumo, talvez eu pare quando eu parar totalmente ou talvez eu apenas pare antes de parar de vez, mas eu amei a vida de forma apaixonante e única, sem arrependimentos e todos os sorrisos que arranquei e estão memorizados. Mon Lapim, Mô Florido, Jubi, Mi, Nessa, Nana, Inha, Leãozinho, Hannie, Bolinha, Dolores, Naraku, Piccolo, Ciccina, Yoda, Pedooca, Gordo, Mohamed, Maumau, Jess, Lae, Babbí. O círculo se fecha e eu levo comigo tudo o que de bom citei, tudo que de desprezível mensurei, tudo o que de maravilhoso guardei.

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