L.A.E
Eu decidi caminhar um pouco após o trabalho, a chuva estava quase que dançando, o céu fúnebre, não muito diferente do que ultimamente eu ando sendo. O frio estava contribuindo para que todos se perturbassem com minha indecência de vagar pelas ruas sem camisa enquanto seus corpos pediam casacos e uma transa maravilhosa, afinal, o frio tem suas vantagens e regalias apetitosas, não é mesmo?
Tenho vagado muito só ultimamente, não que eu não goste dessa condição, porque em toda a minha vida foi a mais suportável, mas tenho me dado conta de que ela é a minha ponte de hidrogênio, a ligação mais forte que existe entre eu e qualquer coisa sólida e viva. O cheiro de uísque e cerveja espalhados pelo quarto enquanto as bitucas contam que mais uma noite eu não dormi, evidenciam minha decadência e carência da presença dela aqui, tudo está tão diluído, mas ela me encontrou no momento em que mais eu estava morto, pesando sobre mim toda culpa instável de tudo o que ela insiste em dizer que foi culpa do destino, como se esse desgraçado não fosse nós mesmo quem o traçamos, mas ela conseguia transmutar dentro desse corpo pervertido, sórdido e desgastado, uma alma. Como fazia? Eu não faço a mínima ideia, mas garantia que eu não dormisse tão torturado com os meus próprios demônios.
Ela estava presente no ontem e ontem já faz tanto tempo que eu já nem lembrava a cor dos seus olhos, mas tive o calor do seu sorriso hoje num raio de distância tão superior quanto a minha franqueza em destratar o que superficialmente importa para o resto desse mundo cocô, sim, esse mundo é um cocô, apesar de suas belezas exuberantes e eu confesso que a beleza das pernas dela era o paraíso mais reconfortante. Eu sei que não sou o centro do mundo, mas sinto que preciso me desprender porque parece que tudo está tão pesado e por algumas frações de segundos eu revi todas aquelas fotos e sorrisos, o beijo de ontem que hoje não estou podendo dar graças ao desgraçado raio de distância inventado pela porra da matemática.
Eu definitivamente sou um péssimo, drogas, bebidas e o eco vazio do meu eu vazio que eu mesmo ecoo são os sinais de alerta que evidenciam a clareza no afastamento de qualquer vagina que queira um contato comigo e de todas essas que experimentei, umas maduras, outras infantis, umas delirantes e outras decepcionantes, sinto dizer que não foram tão gostosas quanto a presença e a vontade de tê-la perto de mim. Eu poderia romantizar, mas não seria o pervertido que vocês tanto gostam de ler as verdades sobre o que vocês mesmos fazem ou gostariam de fazer, todavia, ultimamente eu apenas quero ser dela em uma cobertura reconfortante para me sentir vivo como ela sempre faz.
Tudo vai continuar passando na minha cabeça como se eu tivesse apenas mais um segundo de vida e quando eu penso nela durante esse um segundo, preciso que não preciso pensar em mais nada para me sentir definitivamente no meu pequeno infinito, no meu paraíso.
Tenho vagado muito só ultimamente, não que eu não goste dessa condição, porque em toda a minha vida foi a mais suportável, mas tenho me dado conta de que ela é a minha ponte de hidrogênio, a ligação mais forte que existe entre eu e qualquer coisa sólida e viva. O cheiro de uísque e cerveja espalhados pelo quarto enquanto as bitucas contam que mais uma noite eu não dormi, evidenciam minha decadência e carência da presença dela aqui, tudo está tão diluído, mas ela me encontrou no momento em que mais eu estava morto, pesando sobre mim toda culpa instável de tudo o que ela insiste em dizer que foi culpa do destino, como se esse desgraçado não fosse nós mesmo quem o traçamos, mas ela conseguia transmutar dentro desse corpo pervertido, sórdido e desgastado, uma alma. Como fazia? Eu não faço a mínima ideia, mas garantia que eu não dormisse tão torturado com os meus próprios demônios.
Ela estava presente no ontem e ontem já faz tanto tempo que eu já nem lembrava a cor dos seus olhos, mas tive o calor do seu sorriso hoje num raio de distância tão superior quanto a minha franqueza em destratar o que superficialmente importa para o resto desse mundo cocô, sim, esse mundo é um cocô, apesar de suas belezas exuberantes e eu confesso que a beleza das pernas dela era o paraíso mais reconfortante. Eu sei que não sou o centro do mundo, mas sinto que preciso me desprender porque parece que tudo está tão pesado e por algumas frações de segundos eu revi todas aquelas fotos e sorrisos, o beijo de ontem que hoje não estou podendo dar graças ao desgraçado raio de distância inventado pela porra da matemática.
Eu definitivamente sou um péssimo, drogas, bebidas e o eco vazio do meu eu vazio que eu mesmo ecoo são os sinais de alerta que evidenciam a clareza no afastamento de qualquer vagina que queira um contato comigo e de todas essas que experimentei, umas maduras, outras infantis, umas delirantes e outras decepcionantes, sinto dizer que não foram tão gostosas quanto a presença e a vontade de tê-la perto de mim. Eu poderia romantizar, mas não seria o pervertido que vocês tanto gostam de ler as verdades sobre o que vocês mesmos fazem ou gostariam de fazer, todavia, ultimamente eu apenas quero ser dela em uma cobertura reconfortante para me sentir vivo como ela sempre faz.
Tudo vai continuar passando na minha cabeça como se eu tivesse apenas mais um segundo de vida e quando eu penso nela durante esse um segundo, preciso que não preciso pensar em mais nada para me sentir definitivamente no meu pequeno infinito, no meu paraíso.
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