Meu aniversário do ano de 1999.
Eu nunca fui bom em despedidas, mas ultimamente é tudo o que ando fazendo. O Universo andou conspirando a favor disso e parece que tudo fica mais evidente a cada dia. Seria muita coincidência meu celular quebrar e meu chip dar problema no justo momento em que preciso me afastar de todos aqueles que amo verdadeiramente? Foi exatamente isso o que aconteceu. Já perdi as contas de quantas luas se passaram que me encontro nesse estado decadente, poderia até me chamar de Mun Rá, a julgar pela minha forma desagradável de um verdadeiro peso morto.
Eu nunca fui bom em desabafar, tenho sérios problemas em abrir a minha boca, talvez porque sempre me mantive ocupado escutando os problemas do mundo e acabei esquecendo de que eu não podia esquecer de mim. Dentro das paredes desse quarto está um verdadeiro ringue de dilemas onde do lado direito daquela comoda improvisada de caixotes de madeira onde eu aterro meus livros tem todos os medicamentos insuportáveis que tenho que tomar todos os dias me deixando cada vez mais soterrado nessa cama e do outro lado um maço de cigarros com alguns becks de maconha e uma verdadeira pilha de cerveja os quais eu sempre me afoguei mostrando meu lado nada comportado e completamente excêntrico de tudo em relação ao todo, de todas as formas, não anula o fato de que o fim será o mesmo, eu só ainda não decide como vou querer chegar até lá.
Não entendo porque está insistindo tanto em me salvar, afinal isso não é uma decisão sua. Somos os piores pares de cromossomos de toda a galáxia, não era de se surpreender que as coisas terminaram menos piores do que já estão. Mas você vai se lembrar do meu cabelo excêntrico e rebelde, azul e preto que deixava claro minhas cores favoritas, não podemos esquecer das camisas largadas de cores neutras e aquele meu moletom do time de beisebol dos Yankees. Não pode esquecer também do meu vasto gosto musical que te irrita de tão bom, quase tão bom quanto o seu, falando nisso, agora estou ouvindo Sticky Fingers - Delete for like a version, bem sugestivo para esse momento fúnebre não é mesmo? Não vai esquecer da minha coleção de CD's de rock, principalmente os clássicos como o DvD de Elvis Presley e Johnny Cash, bem como aquele CD ao vivo do Guns, não vai esquecer do meu cheiro natural razoavelmente agradável, também não vai esquecer da minha mania diária de mudar todos os móveis do quarto, não vai esquecer todas as vezes que tentei escrever para você, tão pouco das vezes que eu tentei dizer que você era a parte mais significante da vida para mim, não vai esquecer de como eu transformava tudo em uma briga, toda briga em sexo e todo sexo em uma verdade constância de piadas e carinhos, você não vai esquecer de muitas coisas. Me lembrei do verão de 1999, você nem era nascida ainda, mas eu já tinha meus seis anos, acho que foi o último aniversário que me recordo nitidamente, talvez porque nos anos posteriores eu não tive nada além de catástrofes e provavelmente nos anteriores também, foi um dia de vestígio de felicidade, foi um dia inesquecível e na minha infância eu nunca tinha me sentido tão feliz quanto, principalmente pelo fato de que me sentir feliz não era bem algo rotineiro, mas sinceramente, se eu tivesse que lembrar de algo para conjurar o meu patrono, certamente seria no dia em que olhei você nos olhos pela primeira vez, eu nunca me esquecerei mesmo que eu me transforme em uma partícula quântica a ser observada, mudando totalmente o seu curso e consequentemente dando origem a uma nova trajetória de uma outra dimensão, eu nunca irei me esquecer.
Você provavelmente deve estar confuso agora, se questionando o porquê de coisas tão aleatórias e eu sei que seu entendimento sobre o que está lendo é uma parte única sua que varia de cada um que lerá o mesmo, sendo interpretado então cada um do seu jeito, mas não se esqueça de que isso sou eu e eu sou isso.
No final você se questiona se poderia fazer ou dizer alguma coisa que pudesse salvar tudo isso, mas é difícil aceitar que a vida foge ao nosso controle, mas você esteve ao meu lado e no fim das contas é tudo o que um pode fazer pelo outro, estar perto.
Eu nunca fui bom em desabafar, tenho sérios problemas em abrir a minha boca, talvez porque sempre me mantive ocupado escutando os problemas do mundo e acabei esquecendo de que eu não podia esquecer de mim. Dentro das paredes desse quarto está um verdadeiro ringue de dilemas onde do lado direito daquela comoda improvisada de caixotes de madeira onde eu aterro meus livros tem todos os medicamentos insuportáveis que tenho que tomar todos os dias me deixando cada vez mais soterrado nessa cama e do outro lado um maço de cigarros com alguns becks de maconha e uma verdadeira pilha de cerveja os quais eu sempre me afoguei mostrando meu lado nada comportado e completamente excêntrico de tudo em relação ao todo, de todas as formas, não anula o fato de que o fim será o mesmo, eu só ainda não decide como vou querer chegar até lá.
Não entendo porque está insistindo tanto em me salvar, afinal isso não é uma decisão sua. Somos os piores pares de cromossomos de toda a galáxia, não era de se surpreender que as coisas terminaram menos piores do que já estão. Mas você vai se lembrar do meu cabelo excêntrico e rebelde, azul e preto que deixava claro minhas cores favoritas, não podemos esquecer das camisas largadas de cores neutras e aquele meu moletom do time de beisebol dos Yankees. Não pode esquecer também do meu vasto gosto musical que te irrita de tão bom, quase tão bom quanto o seu, falando nisso, agora estou ouvindo Sticky Fingers - Delete for like a version, bem sugestivo para esse momento fúnebre não é mesmo? Não vai esquecer da minha coleção de CD's de rock, principalmente os clássicos como o DvD de Elvis Presley e Johnny Cash, bem como aquele CD ao vivo do Guns, não vai esquecer do meu cheiro natural razoavelmente agradável, também não vai esquecer da minha mania diária de mudar todos os móveis do quarto, não vai esquecer todas as vezes que tentei escrever para você, tão pouco das vezes que eu tentei dizer que você era a parte mais significante da vida para mim, não vai esquecer de como eu transformava tudo em uma briga, toda briga em sexo e todo sexo em uma verdade constância de piadas e carinhos, você não vai esquecer de muitas coisas. Me lembrei do verão de 1999, você nem era nascida ainda, mas eu já tinha meus seis anos, acho que foi o último aniversário que me recordo nitidamente, talvez porque nos anos posteriores eu não tive nada além de catástrofes e provavelmente nos anteriores também, foi um dia de vestígio de felicidade, foi um dia inesquecível e na minha infância eu nunca tinha me sentido tão feliz quanto, principalmente pelo fato de que me sentir feliz não era bem algo rotineiro, mas sinceramente, se eu tivesse que lembrar de algo para conjurar o meu patrono, certamente seria no dia em que olhei você nos olhos pela primeira vez, eu nunca me esquecerei mesmo que eu me transforme em uma partícula quântica a ser observada, mudando totalmente o seu curso e consequentemente dando origem a uma nova trajetória de uma outra dimensão, eu nunca irei me esquecer.
Você provavelmente deve estar confuso agora, se questionando o porquê de coisas tão aleatórias e eu sei que seu entendimento sobre o que está lendo é uma parte única sua que varia de cada um que lerá o mesmo, sendo interpretado então cada um do seu jeito, mas não se esqueça de que isso sou eu e eu sou isso.
No final você se questiona se poderia fazer ou dizer alguma coisa que pudesse salvar tudo isso, mas é difícil aceitar que a vida foge ao nosso controle, mas você esteve ao meu lado e no fim das contas é tudo o que um pode fazer pelo outro, estar perto.
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