Alvim!

 

 Hoje parece quase como um ritual de, bem-vindo de volta! Não lembro o nome da rua, mas com certeza me recordo dos detalhes dela, tanto à luz do dia, quanto na madrugada, particularmente a segunda me causa mais tato. 

 Acho que aquela rua ainda tem o cheiro das tuas bandanas. Engraçado! Não me recordo se ao menos eu reparava no teu cheiro, mas sim parece que é como tinta impregnada nas narinas. Pensando bem, eu sempre amei reparar tudo em você, talvez eu estivesse prevendo algo, quer dizer, no seu caso, o que me surpreendeu foi ter acontecido tudo o que não estava previsto, nós. Tenho tentado me convencer que eu te odeio, mas tá sempre tão difícil, sei lá, a medida que o tempo passa me sinto ironicamente mais lúdico.

 Já não somos mais os mesmos, eu nem sei se já aceitei isso ou apenas não sou a favor do júri para queimar essas folhas escritas. Seu cabelo natural, ondulado, perfeitamente acomodados dentro do meu moletom, maldito moletom azul! Você até se preocupava, isso era assustador, mas ter tentado ressignificar tudo, o que aparentemente foi um momento insignificante, tolice! Tudo foi bem vívido.

 Era tudo muito entre os espaços do meu quarto, um rock baixo, você me entrelaçada por entre suas belas pernas, nem por cima, nem por baixo, chega a ser surreal o quanto sinto toda a extensão da tua pele na ponta dos meus dedos quando paro para pensar. Não deveria, mas...

 Sempre as 02:00, sempre as 04:00, independente, eu sempre lembro das 02:00am às 04:00am. Eu espero muito que o tempo não seja tão canalha assim e as duas estradas possam se encontrar novamente em um futuro seguinte por essa estrada, esqueci o relógio, mas está tudo bem, eu vou chegar aonde eu tenho que seguir. 


Até logo, Alvim!

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