liberdade ou solidão? parte 2
Bastou uma conversa e vários gatilhos, um destrave na linha do tempo e nas memórias engavetadas que ainda definem minha trajetória.
Ela tinha o que eu chamo de provocação natural. Recebida entre abraços e histórias, nos deparamos em uma mesa com desconhecidos se conhecendo. Eu gosto dessas interações, permite ampliar o leque.
Discreto e selvagem, fora do radar de cada um presente,eu observei e analisei cada detalhe de quem puxava a cadeira para brindar uma dose de álcool comigo, ela não era diferente dos de mais, mas tinha todo seu diferencial nítido e natural para quem sabe enxergar. Com ela, nada de impactos radicais, parecia ser forte demais para não rebater com postura exigente, era melhor, olhar de longe, disfarçado, mas essa dancinha de olhares também tem seu teor de tesão, como eu já havia dito, não é para amadores, ou você sabe o que faz e se torna a pessoa mais inteligente a sentar na mesa ou será bombardeado de todos os lados sem sequer perceber o nocaute.
Ela é tartare, carne crua em seu pleno sabor, um prato incrível, uma gastronomia a ser explorada. Tem noção da iguaria? Aposto que não, é uma salivar que muitos sentem, poucos saboreiam e sempre inesquecível, eu reconheço uma gastronomia inesquecível só do jeito que ela senta e nem é em mim. Isso é o que difere os homens dos meninos.
E então ela retorna às origens, a última coisa que vi dela e de sua equipe foi uma gratidão e aplausos, calorosos eu diria, únicos, estavam satisfeitos e isso me satisfez... Afinal, o prazer não se trata só por estar entre suas pernas e seus lábios, é do sorriso de uma evolução auto pessoal que assola a necessidade de cada um de nós.
Os fins, justificam os meios. Até a próxima!
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