Ubuntú

  Foda mesmo, é entender que se transformar é como o mel para a alma.

Somos viciados na necessidade de sentir e de ser sentido e quanto mais sentimos menos somos. Mais uma vez o período de latência me fez transbordar em tudo o que sou e o que não sou, ultimamente isso está sendo a melhor recompensa dos meus passos descompassados, afinal eu sou isso, um compasso descompassado, mas o questionamento de hoje, não é necessariamente apontado para o Eu, mas sim para o Nós.

 Até que ponto chega a compreensão para com os olhos que estão diante dos seus olhos? É uma pergunta bem cachorra, mas não menos importante. Entender a necessidade do próximo, a personalidade e todas as circunstâncias que a vida e os fatos submetem cada ser humano, funcionam como um conjunto, porém que devem ser definidos separadamente, não digo nem "definidos", mas compreendidos e isso é uma tarefa tão filha da puta quanto a letra de "Não existe amor em SP" (Criolo). Não me prendi a nada ultimamente e isso tem me deixado tão leve a ponto de sentir de verdade e à flor da pele cada momento e cada pessoa que tenho gozado apenas em estar vivendo qualquer coisa balela como um café forte ao acordar, sentado ouvindo o nada da manhã. Esse teor de tristeza que eu carrego na minha desenfreada trajetória, vem se tornando cada vez mais escasso e isso me fez entender que a minha compulsão sexual é alguma parte vazia de mim que eu estou cada vez mais há um passo a caminho de descobrir o que seja, ou, de entender que eu não preciso compreender para me sentir cheio, preenchido, transbordando. 

 Conhecer a sua alma e sua pessoa é como bater uma punheta, com a prática você aprende o que gosta e o que não gosta antes de gozar, o que faz bem e o que não faz e por consequência disso tudo flui mais gostoso com qualquer outra pessoa que esteja envolvida na sua galáxia. Junte todas essas palavras, bata no seu liquidificador e beba para que tudo isso transcorra pelo seu corpo e invada você, o resultado disso será nitidamente esclarecido nas suas relações e aí você vai compreender que você é resultado de tudo o que você faz e deixa de fazer, e que, tudo o que faz e deixa de fazer é resultado da sua personalidade, de tudo o que viveu, do tempo necessário que levou para aprender e de como as pessoas reagem à tudo isso. Trepar com a sua própria alma dialogando com si mesmo, faz bem para evitar que continuemos a brincar de juízes para com o resto do mundo e isso nos torna mais passíveis a viver ao invés de apenas passar pela vida, é o ponto exato entre a diferença e o respeito. 

 

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