S.O.L.I.T.U.D.E

 Estar sozinho não é um estado de espírito... É uma condição filha da puta!

 A solidão e a solitude casam bem com o sexo, ambas nos fazendo gozar de alguma forma.
 

 Certa vez eu tinha um alguém a qual eu chamava de meu bem, amada e armada até os dentes para me fuzilar e jogar à lona sempre que eu tentasse voar, mas eu amava a ideia de me sentir preso, principalmente se a prisão estivesse entre o clitóris dela e a vagina, porque isso me dava uma linda vantagem ao usar meu piercing da língua como bônus extra me fazendo ser comprimido por aquele par de coxas deliciosas que cheiravam tão bem. Ela dançava de acordo com a minha música, mas no final, entendi que era apenas uma psicologia reversa, o fato é que o produto de toda essa jogatina cretina de fingir dar para obter o que quer era um sexo formidável, eu amo sexo formidável, você não? No entanto, tão difícil de se encontrar quanto uma mulher que sabe bem como deixar seus pelos pubianos se transformarem em um verdadeiro quadro clássico, daqueles que se coloca na sala de estar para impressionar a visita com seu gosto retrô e totalmente sofisticado.
 Assim como qualquer outro grande filho da puta, eu tive que aprender a me virar sozinho, meu bem queria dar para outra pessoas e eu precisava comer outras pessoas, o útil uniu ao agradável e onde estamos agora? Ela deve estar dando para outro alguém, ou só deve estar no sofá de casa com seu sutiã jogado de canto por estar cansada demais da rotina e precisa de nada mais que uma boa noite de sono após sufocar seus belos peitos com aquele bojo desnecessário, e eu? Bem, cá estou eu ouvindo Simple man - Lynyrd Skynyrd antecedendo Wish you were here - Pink Floyd, pensando em como o sexo pode ser cheio, mas vazio, assim como todas as noites após ela que eu transei com alguém totalmente sem conexão apenas para satisfazer a luxuria do meu tédio intermitente causado pela ignorância de muitas vezes não apreciar o quanto eu sou o filho da puta gostoso e foda demais para pensar em gozadas passadas. O fato é que criar o hábito de não se sabotar todas as noites e contemplar sua vasta imensidão, desde o teu bom dia sobreo até sua vontade de fazer uma pose sexy na frente do espelho embaçado após um bom e relaxante banho quente só para poder dizer para si mesma o quão você é gostosa, é uma missão complicada, mas é bom ver que a gaiola na verdade sempre esteve aberta, aberta para amar cada parte do meu corpo, lindo e escroto, vitalício, pintando nas paredes da pele em que habito, todos os fragmentos necessários para que alguém seja prazerosamente satisfeito com si mesmo, deixando evidente que esse vinho, quanto mais envelhecido, mais encorpado, passando da geladeira para a adega, lugar onde não é qualquer pessoa que pode desfrutar, quanto mais velho, mais forte o gozo que escorre pelas veias do meu pênis calejado de tantas dores e tantos amores. 


 
 
 

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